quarta-feira, 1 de maio de 2024

PAULO AMARAL: AQUELE QUE REVOLUCIONOU A PREPARAÇÃO FÍSICA NO FUTEBOL BRASILEIRO

 


Paulo Amaral nasceu no Rio de Janeiro em 18 de outubro de 1923. Começou no futebol como zagueiro reserva do Flamengo, entre 1943 e março de 1946, após chegar em 1939 para o juvenil. Foi reserva de Biguá e Bria, atuando em 18 jogos e marcando um gol. De acordo com suas próprias palavras em uma reportagem da Revista do Esporte, de 1962, foi “um jogador medíocre”. Depois foi para o Botafogo, onde ficou de 1946 a março de 1948, quando pendurou as chuteiras. Formou-se em Educação Física e também tirou o diploma para Técnico de Futebol.

 

Foi o primeiro preparador físico específico da seleção brasileira e bicampeão do mundo em 1958 e 1962. Além da seleção, passou a maior parte da sua vida profissional no Botafogo, tanto como preparador físico quanto como técnico. É considerado por muitos o responsável pela revolução em termos de preparação física no Brasil. Foi a partir do destaque de Amaral que os times brasileiros começaram a ter profissionais específicos para a função de preparador físico, que, antes dele, era sempre improvisada.

 

Além de ser técnico do Botafogo em sua fase áurea, dirigiu times de ponta do futebol europeu, como Juventus e Genoa, ambos da Itália, além do Porto, de Portugal. No Brasil, além do Botafogo, comandou também o Vasco, Corinthians, Atlético Mineiro, Bahia (campeão baiano em 1967), Fluminense (campeão do Torneio Roberto Gomes Pedrosa, em 1970), América (RJ), Remo e Guarani. Em 1978, ainda teve uma rápida passagem por um time árabe, o Al-Hilal. Ficou marcado pela rígida disciplina que exigia de seus jogadores: “Sou exigente com os jogodores, porque eu e eles somos empregados do clube. Temos uma missão a cumprir: aquela que nos é confiada pela direção do clube e pela sua torcida e que nada tem a ver com nossos problemas pessoais”.

 

Com a cabeça sempre raspada à navalha, quase dois metros de altura e pesando próximo de cem quilos, Paulo Amaral tinha um gênio complicado e vivia às turras com os jornalistas que cobriam as equipes que treinava.

 

Morreu aos 84 anos, vítima de um câncer, na capital carioca, em 1º de maio de 2008.  

 

 

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