quarta-feira, 23 de março de 2022

OBERDAN CATANI: A MURALHA

 


OBERDAN Catani é paulista de Sorocaba, onde nasceu em 12 de junho de 1919. Goleiro de mãos enormes, arrojado, ótima impulsão e colocação sob a trave, era um especialista em defender pênaltis. Ficou conhecido como “A Muralha”. Começou a carreira no Fortaleza de Sorocaba e passou pelo São Bento antes de chegar ao Palmeiras.


Defendeu o Palmeiras nas décadas de 1940 e 50, tornando-se uma lenda, sendo até hoje considerado um dos maiores goleiros da história do clube, disputando este título com Valdir de Moraes, Émerson Leão e Marcos. Uma característica marcante de Oberdan era que ele conseguia segurar a bola com apenas uma das mãos.


Atuou em 351 jogos e sofreu 409 gols. Oberdan participou do primeiro jogo do Palmeiras com o nome atual. Foi campeão paulista em 1942/44/47 e 50, da Copa Rio e do Torneio Rio-São Paulo de 1951.


Oberdan tinha uma mágoa do ex-presidente Pascoal Giuliano, que, nos anos 50, forçou sua saída e ele acabou encerrando a carreira no Juventus, em 1955.


Quem aprecia e conhece a história do futebol sabe da importância de Oberdan, não apenas para o Palmeiras, mas para o futebol brasileiro. Foi um dos grandes goleiros do Brasil na década de 40. Teve o azar que nesse período, devido à Segunda Guerra, duas edições da Copa do Mundo – 1942 e 1946, não foram realizadas. Disputou 9 jogos e sofreu 6 gols pela Seleção, todos oficiais.


Ele morreu na capital paulista, aos 95 anos, em 20 de junho de 2014, por complicações cardíacas causadas por uma pneumonia. Em abril do mesmo ano ele havia sido internado com uma grave lesão coronariana.

 

quinta-feira, 17 de março de 2022

GAÚCHO: A MORTE PREMATURA DO ARTILHEIRO

 


Ídolo do Flamengo, o ex-atacante Luiz Carlos Toffoli morreu na capital paulista, em 17 de março de 2016, vítima de um câncer de próstata, aos 52 anos. Com a camisa do Flamengo, Gaúcho conquistou os títulos da Copa do Brasil de 1990, do Campeonato Carioca de 1991 e do Campeonato Brasileiro de 1992. Oriundo das categorias de base, Gaúcho disputou 200 partidas pelo clube carioca, marcando 98 gols. Atuou em uma partida amistosa em 1982 e outra em 1984, pelo Campeonato Carioca. Depois disso foi dispensado e recontratado em fevereiro de 1990. Era um exímio cabeceador e muito oportunista.

Gaúcho de Canoas – por isso o apelido –, onde nasceu em 7 de março de 1964, foi enterrado em Goiânia e teve passagem por diversos clubes, entre os quais: XV de Piracicaba, Grêmio, futebol japonês, Santo André, Palmeiras – 79 jogos e 31 gols, Lecce/Itália, Boca Juniors/Argentina (uma breve passagem), Atlético Mineiro – 29 jogos e 7 gols, Ponte Preta – 29 jogos e 2 gols, Fluminense – 12 jogos e 1 gol, e Anápolis, onde encerrou a carreira.

O fato mais curioso da carreira do ex-atacante aconteceu em 17 de novembro de 1988, no confronto contra o Flamengo, no Maracanã, pela Copa União. O goleiro Zetti se contundiu e teve que ser substituído. Por já ter feito as duas alterações (posteriormente é que passou para três) Gaúcho foi o escolhido para assumir a posição. Logo de cara tomou um gol de Bebeto e quando tudo parecia conspirar contra o Alviverde, o time paulista conseguiu o empate e levou a decisão para os pênaltis (os jogos da Copa União que terminassem empatados eram decididos nas cobranças de tiro livre direto, e o vencedor levava um ponto de bonificação). Aí que surgiu a estrela do “goleiro” Gaúcho, que defendeu duas cobranças – de Aldair e Zinho – garantindo o ponto extra para o Palmeiras. Foi uma noite histórica no velho Maracanã.

sexta-feira, 11 de março de 2022

O TÍTULO MUNDIAL DE 1962 FOI O AUGE DE SUA CARREIRA: COPA DO MUNDO MOSTROU UM AYMORÉ QUE POUCOS CONHECIAM.

 


Ao contrário do que muitos pensam e ao inverso, igualmente, do que alguns teimam em dizer, Aymoré é um cidadão alegre, comunicativo, delicado, calmo e, acima de tudo, compreensivo. Isso ele demonstrou, sem fazer qualquer esforço nesse sentido, na recente Copa do Mundo, quando se tornou uma das figuras mais queridas e mais populares da seleção brasileira. A bem da verdade deve ser dito que a lenda que corria sobre o treinador campeão mundial tinha suas origens no sul-americano de 1953, quando seu nome andou envolvido em alguns casos. De lá pra cá, muito se disse e muito se escreveu sobre o mau gênio e a irritabilidade do técnico. Entretanto, no Chile, Aymoré, apesar de estar sob o peso de tremenda responsabilidade, provou, agradavelmente, que é justamente o oposto do que se dizia.


Na concentração do escrete brasileiro, em Quilpuê, Aymoré Moreira não foi apenas o técnico de um excelente plantel. Foi o amigo dedicado, o companheiro extremoso, que desejava tomar conhecimento dos problemas de cada um, procurando resolvê-los com dedicação paterna. Muitas vezes ele foi surpreendido servindo cafezinho a um dos seus pupilos, sem que isso fosse para ele um gesto de subserviência. Em outras ocasiões, ele fazia questão de entregar o material a determinado jogador, para verificar se tudo estava em ordem. Finalmente, quando o time estava em campo, ele se mostrava atento a todos os detalhes, para que os seus comandados pudessem fazer o melhor no gramado. É um excelente estrategista.


Aymoré fazia tudo isso sem que os jogadores não o tratassem com o devido respeito. E ainda encontrava tempo para tratar com a maior atenção e delicadeza, sem atitudes estudadas, os que dele se acercavam, mesmo às vésperas dos grandes compromissos da seleção brasileira, fossem jornalistas, turistas ou simples torcedores.  Assim, no Chile, na mesma ocasião em que se fazia justiça ao futebol brasileiro como o melhor do mundo, no momento, também se fazia justiça ao competente e dedicado Aymoré Moreira, como uma das personalidades mais destacadas e simpáticas do nosso escrete.


Com a mesma boa estrela que marcou a atuação de Vicente Feola à frente do escrete brasileiro, Aymoré Moreira ajudou o Brasil a ser bicampeão. Sua tarefa como treinador foi mais difícil, porque, reconhecendo o poderio do nosso futebol, tudo fizeram os adversários para que a Taça Jules Rimet não permanecesse em nosso poder por mais quatro anos. Aymoré, por sinal, também chegou a ser combatido e sofreu o rude golpe de ser dispensado pelo São Paulo depois de ser bicampeão mundial. Mas, com o passar do tempo, seus méritos passaram a ser reconhecidos, como, também, o importante papel que desempenhou no comando da seleção na jornada do Chile.


Nota: matéria especial da Revista do Esporte, de 1962, após a Copa do Mundo, com reportagem de Milton Salles.

sexta-feira, 4 de março de 2022

TEIXEIRA HEIZER: UM GRANDE NOME DO JORNALISMO ESPORTIVO

 


O jornalista foi vítima de uma parada cardíaca, aos 83 anos, no Rio de Janeiro, em 3 de maio de 2016, um dia após o lançamento do seu mais recente livro “A outra história de cada um”. Heizer começou no rádio, na década de 50, e trabalhou nos últimos anos como comentarista nas transmissões de futebol e nos debates do canal SporTV.


O apreço pela língua portuguesa era uma de suas principais marcas: “Sempre que eu escrevia no jornal, eu prestava atenção porque alguém ia ler o que eu fizesse. Então eu construía o melhor para oferecer ao leitor”.


Foi fundador da Rede Globo e se orgulhava de ter o crachá funcional número 01, como primeiro contratado da emissora. Trabalhou em vários veículos ao longo da carreira, também na televisão, e passou pelas redações dos jornais Diário da Noite, Diário de Notícias, Última Hora, O Dia, Placar, Veja e por vários anos trabalhou na sucursal do Estado de São Paulo no Rio de Janeiro, além de ter sido gerente de Jornalismo da extinta Empresa Brasileira de Notícias (EBN) e da Radiobrás, nos anos 80.


Heizer foi ainda professor de Jornalismo da Faculdade de Comunicação Social da Universidade Gama Filho. Ele escreveu dois livros sobre futebol, sua grande paixão: O Jogo Bruto das Copas do Mundo e Maracanazo – Tragédias e Epopeias de um Estádio com Alma, lançado em junho de 2010, contando suas memórias sobre a final da Copa do Mundo de 1950, no Rio de Janeiro, quando a seleção brasileira foi derrotada pela uruguaia, no Maracanã, por 2 a 1.


O primeiro trabalho no jornalismo foi na redação do jornal Correio Fluminense, em 1953. Um ano depois, já fazia parte da equipe de repórteres da Continental, emissora de rádio carioca cujo slogan era ser “Cem por cento esportiva”. No início da década de 1960, começou a trabalhar como comentarista esportivo na Rádio Globo, ao lado de profissionais como Waldir Amaral, Luiz Mendes e Raul Brunini.


Pela Globo, Heizer participou da cobertura da Copa do Mundo do Chile (1962), quando a seleção brasileira de futebol comandada conquistou o segundo título mundial. No ano seguinte, o jornalista fez parte da equipe que cobriu uma excursão da seleção brasileira pela Europa. Essa cobertura deu à Rádio Globo o primeiro lugar de audiência entre as emissoras cariocas na época.


Teixeira Heizer fez parte da equipe de profissionais que participaram da inauguração da TVGlobo, em 1965, e foi contratado, em janeiro de 1964, com o crachá número 01 da empresa. Heizer foi o responsável também pela criação dos primeiros programas esportivos da emissora, como o Em Cima do Lance e Por Dentro da Jogada. Fazia parte também do TeleGlobo e chegou a apresentar o programa ao lado da atriz Nathalia Thimberg e do locutor Hilton Gomes. O telejornal foi o primeiro a ser exibido pela emissora.


FONTE: AGÊNCIA BRASIL


Minhas considerações: Teixeira Heizer era torcedor do Fluminense e nunca misturou a sua paixão pelo clube com a profissão que exerceu. Esse tinha o meu respeito e sempre fui fã do seu trabalho.

 

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

SAUDADE DO TEMPO, DOS BONS MOMENTOS, DAS GRANDES CANÇÕES, DOS ANOS PASSADOS...

 


Permita-se sentir saudades das coisas boas... São recordações que ficaram guardadas com carinho em alguma parte do nosso passado. Afinal de contas, já disse um pensador: “Saudade é a prova de que aquilo que vivemos valeu a pena".

 

Posso dizer que sou um privilegiado por ter vivenciado aquela época inesquecível dos anos 70, 80 e 90. Dentro desse privilégio eu coloco as grandes canções – nacionais e internacionais, de todos os ritmos e preferências – que foram lançadas nesse período. No tocante à música romântica, principalmente a internacional, viveu o seu apogeu na letra e na melodia, com canções que continuam vivas em nossa memória.

 

Essa geração ficou marcada por esses ótimos momentos, de um romantismo com sentimentos verdadeiros e que nos faz recordar das festinhas do colégio com nossos amigos de classe. Éramos todos jovens ao som de músicas que faziam a gente sentir emoções lindíssimas e únicas, naquele período de transição da adolescência para a juventude, no descobrir do primeiro amor e na inocência de um coração apaixonado.

 

Tempo em que freqüentava os bailes – Bola Preta e a Boate do Clube XV dividiam a preferência – e sabia que encontraria meninas para dançar as “músicas lentas” de rostos coladinhos sem nenhuma preocupação de ser acusado de “assédio sexual”, e com a certeza de que voltava pra casa. Os jovens de hoje não sabem o que significa MÚSICA LENTA. Vivenciamos o oposto: o que eles chamam de PANCADÃO. E ainda somos “obrigados” a conviver com letras de músicas totalmente fora de contexto e que agride o cidadão de bem em todos os sentidos.

 

Tenho por princípio respeitar o “gosto individual”, sem exceção, pois o mundo seria muito chato e monótono se todos gostassem das mesmas coisas. Crescemos ouvindo essa frase: “Gosto não se discute”. É fato que o gosto é inerente à personalidade ou à natureza de cada pessoa. Mas convenhamos, algumas letras ultrapassam o limite do bom senso. Não quero dizer com isso que tudo está perdido. Ainda se encontra qualidade numa pesquisa mais aprofundada, até de cantores desconhecidos da mídia.

 

Voltando aos bons tempos, não posso deixar de mencionar aqueles shows maravilhosos com grandes nomes da nossa música no ginásio do Colégio Estadual Deodato Linhares. Acrescente-se a isso o nosso tradicional Festival da Canção, com a participação no júri de personalidades do meio musical e da televisão brasileira. Miracema respirava cultura e inúmeros talentos aqui foram revelados. Festival que era muito aguardado e movimentava a cidade com turistas de várias partes do país.    

 

Ainda dentro do tema “saudade do tempo”, o mês de abril, para nós miracemenses, sempre foi de preparação e contagem regressiva para a Exposição, que geralmente se inicia no fim do mês e vai até o dia 3 de maio, quando é comemorado o aniversário da cidade. Ao longo dos últimos anos a festa vem perdendo o glamour e, principalmente, o verdadeiro sentido do termo “Exposição Agropecuária”.  O carnaval é outro evento “dos bons momentos, dos anos passados”, que era tão esperado e ficamos órfãos de seus baluartes que faziam a festa até o raiar do sol da Quarta-feira de Cinzas.

 

Não tenho nada contra o mundo moderno, muito pelo contrário, sou totalmente favorável a tudo aquilo que vem para nos BENEFICIAR no dia a dia. No entanto, NA ESQUINA DO TEMPO A SAUDADE NÃO TEM IDADE.

 

Finalizando, a história existe para ser contada. Nós, simples mortais, escrevemos um capítulo diário da “nossa história”. A sociedade que vivemos passa por um momento crítico em todos os aspectos. Presenciamos o viver HOJE, sem se preocupar com o AMANHÃ e dane-se o PASSADO. E o FUTURO? A resposta é imediata: “A Deus pertence”. Ledo engano. Se cada um não fizer a sua parte, a estrutura tende a ruir e não haverá as cenas do próximo capítulo. O passado é como se fosse o alicerce de uma construção.

 

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO DE MIRACEMA: HISTÓRICO DO EDUCANDÁRIO CENTENÁRIO

 


TEXTO DA PROF.ª KELLY RIGUES

DISCIPLINAS PEDAGÓGICAS

 

Em 1921, José Paulino Alves Junior instalou o Instituto Afrânio Peixoto, com verba pública e matriculava alunos pobres como retribuição da ajuda governamental. Nos idos de 1922, o Instituto foi absorvido pelo Ginásio de Miracema (Gymnasio de Miracema), logo após ser adquirido pelo ilustre educador Alberto Lontra. O seu trabalho só seria reconhecido muitos anos depois que os seus alunos passaram a brilhar no cenário estadual e federal. O seu busto foi inaugurado quarenta anos após uma iniciativa do Rotary Club de Miracema, sob a presidência de Edson Monteiro de Barros. Enquanto diretor, Alberto Lontra ficou marcado na história do Colégio, assim como seu excelente quadro de professores, que prepara os alunos para as escolas superiores de todo Brasil. Já nessa época, o colégio possuía completos laboratórios de Física, Química e Biologia e, já em 1924, introduziu carteiras individuais, do tipo americana, que dificilmente eram encontradas em estabelecimentos escolares do governo.

 

Durante o recesso escolar era promovido o curso de férias com o objetivo de preparar alunos para o curso de admissão. O colégio funcionava no sistema de internato, semi-internato e externato mistos. Em 30/11/1924, foi fundado o Grêmio Lítero Esportivo Ruy Barbosa tendo como seu primeiro presidente o Dr. Theophilo Junqueira. Em 1929, foi criada e anexada ao Ginásio de Miracema pela Lei nº 2298 de 07/01 a Escola Normal de Miracema (a terceira criada no Estado).

Em 1936, através do presidente da Campanha Separatista, Ventura Lopes, que era ligado ao governador Manoel Duarte, conseguiu junto ao presidente da República Getúlio Vargas e o ministro da educação Gustavo Capanema, em 04 de maio, conceder inspeção permanente ao Curso Fundamental no estabelecimento de ensino.

 

Na década de 40, já denominado Colégio Miracemense, foi adquirido pelo Dr. Sylvio de Campos Freire, que também foi seu Diretor até 1961. Uma de suas maiores contribuições foi a construção de dois pavimentos para o auditório em terreno cedido pelo Cel. Armando Monteiro Ribeiro da Silva. Nessa mesma época oferecia os cursos Clássico, Científico, Comercial Básico, Técnico em Contabilidade e Datilografia.

 

Posteriormente, o colégio foi adquirido pelo professor Eli Combat, passou a ser dirigido pelo Sr. Rubem Pereira, uma vez que o proprietário possuía outro estabelecimento escolar em Duque de Caxias.

 

Em 23/09/1973, foi criada a Associação Cultural e Educacional de Miracema – ACEM, com o objetivo de manter o Colégio em atividade, já que o proprietário não demonstrava mais interesse em manter o tradicional Colégio Miracemense. Durante este período, foram criados o Centro Cívico José Pereira Neto e o Clube de Saúde Dr. Luiz Paulo Pinto Moreira. Em 1975, registrou-se 1.928 alunos matriculados, representando o recorde desde a fundação do Colégio. A ACEM permaneceu em atividade até 1987, época em que o Colégio Miracemense foi arrematado em leilão pelo Governo do Estado, passando a denominar-se Colégio Estadual de Miracema, criado pelo Decreto nº 9.977, de 28/05/1987.

 

O Colégio rendeu frutos como Maurício José Correia que terminou sua vida como presidente do Supremo Tribunal Federal depois de ser Ministro da Justiça e Senador da República. “Se cheguei onde cheguei, credito grande parte aos sólidos conceitos morais e conhecimentos formais que recebi dos professores, diretores, funcionários e à amizade dos muitos companheiros com os quais tive a oportunidade de conviver nessa instituição de ensino” – palavras de Maurício em carta encaminhada à ex-diretora Kátia Simen.

 

Outro aluno que se destacou foi José Danir Siqueira do Nascimento, que começou a discursar em campanhas para a rainha dos estudantes, depois formou-se em Direito, tornando-se advogado, presidente da OAB/ RJ e membro do Conselho Federal da OAB. Marcus Faver atuou como advogado e professor no Município de Miracema, onde exerceu o cargo de vereador, Juiz do Tribunal de Alçada Cível, e posteriormente promovido, ao cargo de Desembargador. Exerceu a Presidência do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro no biênio 2001/2002; presidiu o Tribunal de Justiça Eleitoral na gestão 2003/2005 e foi membro do Conselho Nacional de Justiça no biênio 2005/2007.

 

Essas são apenas algumas das personalidades que passaram pelos bancos escolares do então Colégio Miracemense e brilharam em sua vida profissional, ganhando destaque no cenário nacional.

 

A instituição, ao longo dos anos, acompanhando o progresso dos tempos, passou por mudanças. Do nome original Gymnasio de Miracema, passou a Colégio Miracemense, Colégio Estadual de Miracema e, por fim, recebeu a denominação Instituto de Educação de Miracema, que permanece até os dias atuais. Em 2 de janeiro de 1995, foi tombado através do Decreto Municipal nº 249, como patrimônio histórico de Miracema.

 

 

segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

ENÉAS: A BREVE PASSAGEM NO FUTEBOL ITALIANO FOI O DIVISOR DE ÁGUAS NA CARREIRA DO ARTILHEIRO

 


ENÉAS de Camargo nasceu na capital paulista em 18 de março de 1954. Foi um atacante altamente técnico, de passadas largas e facilidade nas finalizações. Surgiu como uma grande promessa na Portuguesa de Desportos, marcando muitos gols e tornando-se um ídolo do clube e o seu principal jogador na década de 70. Conquistou o título paulista em 1973 e marcou 179 gols em 376 jogos. É o segundo maior artilheiro da história da Lusa, ficando atrás do artilheiro Pinga, que brilhou nos anos 50.


Depois da Portuguesa jogou por Bologna e Udinese (ambos da Itália), Palmeiras, XV de Piracicaba (SP), Juventude (RS), Desportiva (ES), Operário de Ponta Grossa (PR) e Central Brasileira de Cutia (SP), sua última equipe, da terceira divisão paulista, pela qual atuava quando sofreu o acidente. Em 1980, no auge da carreira, Enéas se transferiu para a Itália. Permaneceu por pouco mais de um ano. Esse período foi o divisor de águas em sua carreira, pois seu futebol caiu de produção e nunca mais foi o mesmo jogador.


Retornou ao Brasil como grande esperança alviverde e teve uma passagem aquém do esperado pela torcida do Palmeiras, entre 1981 e 1983, marcando 28 gols em 93 jogos. Chegou a ser apelidado de “dorminhoco”.


Na noite de 22 de agosto de 1988, Enéas dirigia o seu Monza e perdeu o controle do carro. Bateu na traseira de um caminhão e o veículo ficou totalmente destruído. Ele foi conduzido para o hospital e lá ficou em estado de coma por quatro meses, com o rosto desfigurado e uma grave luxação na coluna cervical.


Em 27 de dezembro do mesmo ano, então com apenas 34 anos, Enéas faleceu vítima de uma broncopneumonia, em São Paulo.