terça-feira, 22 de outubro de 2024

TONINHO: APELIDADO VANUSA


 

Antônio José dos Santos, o Toninho Vanusa, nasceu na capital paulista em 26 de junho de 1956. Surgiu como um talentoso meia-armador que também jogava de ponta-esquerda. Foi campeão do Torneio de Cannes defendendo a Seleção Brasileira em 1974.


Apesar de ter tido um bom começo de carreira, com o passar do tempo não foi o jogador que muitos esperavam. Ficou marcado como um jogador lento, nada afeito à marcação e de pouca objetividade ofensiva. Sua reconhecida habilidade se limitava à armação de jogadas. Toninho também ficou muito conhecido pelos longos cabelos loiros que lembravam os da cantora Vanusa, por isso o apelido.


Quando chegou ao Palmeiras, em 1974, chegaram a dizer que o Verdão havia encontrado o sucessor de Ademir da Guia. Toninho teve duas passagens pelo Palmeiras: entre 1974 e 1975, e a segunda entre 1978 e 1979. Marcou 7 gols em 70 partidas e conquistou o título paulista de 1974.

Toninho jogou por diversos clubes, além do Palmeiras: Nacional (SP), onde iniciou a carreira, Náutico, Vasco – 28 jogos e 1 gol, em 1979, Juventus, Goiás, Taubaté, Criciúma, Grêmio Maringá, Figueirense, CSA, Saltense (SP) e Uberaba, onde encerrou a carreira em 1989.




Toninho faleceu na capital paulista em 24 de junho de 2009. O ex-jogador já se encontrava internado e não resistiu a uma parada cardiorrespiratória. Dois dias após a sua morte ele completaria 53 anos.

 

 

terça-feira, 8 de outubro de 2024

SABARÁ: MAIS UM ATACANTE DE DESTAQUE VASCAÍNO

 





Onofre Anacleto de Souza é paulista de Atibaia, onde nasceu em 18 de junho de 1931. Sabará é considerado um dos melhores pontas-direitas do futebol brasileiro. Foi um atacante rápido, com boa capacidade de drible, eficiência nos cruzamentos e chutes a gol. Rápido e raçudo, Sabará era daqueles jogadores que davam a alma pelo time e não hesitava em reclamar quando algum companheiro merecia. Durante 12 anos foi um dos jogadores mais populares entre os torcedores vascaínos.


Faz parte da relação dos grandes atacantes da história do Vasco e o terceiro jogador que mais entrou em campo, perdendo apenas para Roberto Dinamite e Carlos Germano.


Começou na Ponte Preta e depois jogou por Vasco – 585 jogos e 167 gols (campeão carioca em 1952, 1956 e 1958, e do Rio-São Paulo em 1958), Portuguesa (RJ) e Deportivo Itália/Venezuela, onde encerrou a carreira em 1965.


Pela Seleção Brasileira, porém, Sabará não repetiu o sucesso. Considerado um jogador de clube, não teve muitas oportunidades. Principalmente depois do surgimento de Garrincha, em 1953. Vestiu a camisa do Brasil em 10 jogos e marcou 1 gol, sendo 9 oficiais.


Deixou o Vasco magoado após uma reformulação no grupo. Foi para a Portuguesa e esperava ansiosamente o dia de enfrentar o ex-clube e provar que ainda poderia ser útil. Comandada por Gentil Cardoso, a Portuguesa venceu o Vasco por 2 a 1.


Morreu aos 66 anos, na capital carioca, em 08 de outubro de 1997, vitimado por um problema renal.

CHICÃO: ESSE NÃO BRINCAVA EM SERVIÇO

 




Francisco Jesuíno Avanzi nasceu em Piracicaba, interior paulista, em 30 de janeiro de 1949. Chicão era um volante que se destacava mais pela disposição do que pela técnica, e acabou ficando marcado como um jogador viril e até mesmo violento. O seu melhor momento foi defendendo o São Paulo, entre os anos de 1973 e 1979, quando disputou 312 jogos e marcou 19 gols. Tornou-se ídolo do Tricolor como um grande exemplo de raça e amor à camisa.


Foi um dos líderes do São Paulo na conquista do Brasileiro de 1977. Começou no XV de Piracicaba e jogou por União Agrícola Barbarense (SP), São Bento, Ponte Preta, Atlético Mineiro, Santos, Londrina, Botafogo (SP), Corinthians de Presidente Prudente (SP) e Mogi Mirim, onde encerrou a carreira em 1986.


Disputou a Copa do Mundo de 1978, na Argentina, apesar de todo o clamor de uma parte da imprensa brasileira por Falcão em seu lugar. No confronto contra a Argentina, no mundial, encarou os hermanos como se estivesse jogando em solo brasileiro.  Pela Seleção foram 11 jogos, sendo 9 oficiais.


Chicão morreu novo, aos 59 anos, em 08 de outubro de 2008, vítima de câncer no esôfago, em sua cidade natal.

terça-feira, 1 de outubro de 2024

CHICO: UM DOS GRANDES NOMES DA HISTÓRIA DO VASCO

 


Francisco Aramburu, o Chico, nasceu em Uruguaiana-RS, em 07 de janeiro de 1922. Atacante inteligente, rápido e valente, de dribles em velocidade e chute forte com os dois pés. Faz parte da galeria dos grandes atacantes da história do Vasco.


Chegou ao time carioca com a fama de ser um grande atacante. E não decepcionou quem confiou em seu futebol. Foi titular absoluto da ponta-esquerda do Vasco entre 1945 e 1952 e um dos destaques daquele grupo vitorioso que ficou conhecido como o “Expresso da Vitória”, e personagem de duelos memoráveis contra o flamenguista Biguá. Mas uma briga leal, sem pontapés e violência. Dessa rivalidade nasceu uma profunda amizade. Marcou 132 gols em 308 jogos com a camisa cruzmaltina.


Estava em campo na fatídica decisão da Copa do Mundo de 1950, na derrota de 2 a 1 para o Uruguai, em sua única participação de um Mundial. Ainda pela Seleção conquistou a Copa Roca em 1945, e a Copa Rio Branco em 1946/47 e 1950. Defendeu o Brasil em 21 jogos e marcou 8 gols, sendo 19 oficiais.


Atuou no Ferrocarril de Uruguaiana, uma rápida passagem pelo Grêmio e brilhou no Vasco (campeão carioca em 1945, 1947, 1949/50 e 1952, e do sul-americano em 1948). Deixou o Vasco após alguns desentendimentos com o técnico Flávio Costa, em 1954.  Antes de encerrar a carreira em definitivo, atuou em dois amistosos com a camisa do Flamengo: em março de 1955 e em julho de 1956, marcando um gol.


Morreu aos 75 anos de causa desconhecida, na capital carioca, em 1º de outubro de 1997.   

quarta-feira, 25 de setembro de 2024

SCIREA: O LÍBERO DOS LÍBEROS

 


Vítima de um acidente de carros, na Polônia, em 03 de setembro de 1989, o ex-zagueiro Gaetano Scirea morreu aos 36 anos quando se dirigia para observar um adversário da Juventus pela Copa UEFA. Seu carro bateu em um caminhão de combustível, explodindo e causando a morte instantânea, além do motorista e de outro passageiro que estava no mesmo carro.

  

Nascido em Cernusco sul Naviglio, uma província de Milão, na Itália, em 25 de maio de 1953, Scirea começou sua carreira na Atalanta, clube com o qual estreou na Série A em 1972. No entanto, foi na Juventus que se consagrou como um dos melhores defensores do mundo, tento conquistado, dentre outros títulos, sete Scudettos. Scirea foi um dos maiores líberos do mundo, com muita técnica e ótima visão de jogo conseguiu o respeito no mundo futebolístico.


Scirea jogou na Atalanta (1972/74) e pela Juventus (1974/88), onde conquistou sete Scudettos, duas Copas da Itália, uma Copa dos Campeões, uma Recopa, uma Supercopa da Europa, uma Copa da Uefa e um Mundial de Clubes, todos pela “Vecchia Signora”. Defendeu a seleção da Itália nas Copas de 1978, 1982 e 16986, sendo campeão na Espanha, em 82.

 

Enquanto o líbero é uma contribuição genuinamente italiana para o futebol, Gaetano Scirea foi um dos maiores intérpretes da função. Jogador habilidoso e elegante, dotado de extraordinária capacidade de antever as jogadas, encerrou sua longa carreira sem receber um único cartão vermelho.

 

Fez seu primeiro jogo vestindo a camisa da seleção italiana principal em dezembro de 1975, contra a Grécia, mas somente com a aposentadoria do mítico Facchetti, em 1977, é que Scirea se tornaria o legítimo dono da camisa 6 da Itália (o motivo de ter utilizado o nº 7 na Copa da Argentina, deve-se ao fato de que a federação italiana fazia a inscrição dos jogadores, quando de uma Copa do Mundo, por posição e em ordem alfabética). O auge da participação de Scirea na Azzurra foi na Copa do Mundo da Espanha, quando foi campeão. A eliminação da Copa de 1986, no México, frente à França, foi também a despedida da seleção, onde atuou em 78 jogos e marcou 2 gols.

 

Scirea se retirou do cálcio aos 35 anos, ao término da temporada 1987/88, quando passou a exercer a função de “olheiro” da Juventus.


Seu exemplo ficou registrado para os mais novos, pois, além de respeitado e admirado dentro de campo, Gaetano Scirea era considerado um cavalheiro fora dele. Esse faz parte do seleto grupo de jogadores do exterior que sempre admirei. 

 


domingo, 15 de setembro de 2024

PAULO GOULART: PEGAR PENAL ERA COM ELE MESMO



PAULO Anchieta GOULART Filho nasceu em Muriaé, na Zona da Mata mineira, em 11 de março de 1955. O ex-goleiro iniciou sua carreira nas categorias de base no Nacional de sua cidade natal.


Foi para o time amador do Fluminense em 1971 e cinco anos depois foi promovido ao time principal. Em 1979, assumiu a posição de titular e permaneceu no Tricolor até o início de 1983. Foi peça importante na conquista do Campeonato Carioca de 1980. Atuou em 138 jogos e sofreu 140 gols pelo Fluminense. Sua carreira ficou marcada também como um grande pegador de pênaltis.


Após a saída do Fluminense, ainda teve passagens por Criciúma, Ceará, Marília, Rio Negro (AM), Paysandu, Pouso Alegre (MG), Olaria e Porto Alegre, de Itaperuna, onde encerrou a carreira, em 1988, aos 33 anos.


Fixou residência em Muriaé e após se formar em Direito, exercia com a mesma responsabilidade e competência que enfrentava os atacantes adversários, a advocacia.


Em 15 de setembro de 2023, vítima de um infarto, faleceu em sua cidade natal, aos 68 anos. Passou mal na academia, quando já havia terminado de fazer seu exercício. Foi socorrido, mas não resistiu. Sua morte, de uma forma tão abrupta, foi muito sentida, principalmente em Muriaé, onde era uma pessoa de ótimo relacionamento e querido por todos.


                         

Paulo Goulart - entrevistado por Cícero Melo, da ESPN - recebendo uma homenagem do Nacional, de Muriaé, em 2016, antes de um jogo do Fluminense na cidade mineira.


terça-feira, 10 de setembro de 2024

BIGODE: OUTRO JOGADOR MARCADO PELA DERROTA DE 1950

 


João Ferreira, mais conhecido como BIGODE, mineiro da capital, onde nasceu em 04 de abril de 1922, ex-lateral-esquerdo com passagem por Sete de Setembro (MG), Atlético (bicampeão mineiro em 1941/42), Fluminense (campeão carioca em 1946, e da Copa Rio em 1952), Flamengo e Seleção Brasileira. Ótimo marcador, de técnica limitada, mas muita disposição na disputa das jogadas.


No Fluminense atuou em 391 jogos e marcou um gol, entre os anos de 1943 a 1949, e 1952 a 1955. Em apenas sete jogos começou como reserva. Esteve no Flamengo, nas temporadas de 1950 e 1951, atuando em 71 jogos.


Participou da Copa do Mundo de 1950 e vestiu a camisa do Brasil em 11 jogos, sendo 10 oficiais. Esse é mais um jogador (ao lado do ex-goleiro Barbosa) que de vez em quando é criticado – injustamente – pelo fatídico lance que terminou no gol da vitória do Uruguai, na final da Copa do Mundo de 1950.


Bigode morreu em São Mateus-ES, em 31 de julho de 2003, aos 81 anos. Apresentava quadro de insuficiência respiratória e instabilidade hemodinâmica. Fumante, ele estava com pneumonia crônica, que evoluiu para choque séptico.