A POLÊMICA DO MINISTÉRIO DA CULTURA

Texto de Gabriel Rostey especial para o Blog. 

Pois bem, o Temer assumiu e, a meu ver, tomou a correta decisão de juntar o Ministério da Cultura ao da Educação, como sempre foi a tradição brasileira. Quem tem o mínimo de boa vontade em relação ao assunto sabe que ministério exclusivamente da cultura é uma raridade mundo afora. O da França, por exemplo, é junto com Comunicações. Os EUA sequer têm um ministério da cultura.

Depois disso, toda a "classe artística" se rebelou e gritava em uníssono contra a medida. Falava essa ladainha de "retrocesso" com a maior convicção do mundo. Sabemos as reais motivações, mas como era praticamente uma unanimidade no meio, o que deveria fazer um presidente que tem a intenção de pacificar o país? Exatamente o que fez o Temer: ouvir os apelos do setor e ceder, mostrar que o leva em consideração e não tem a intenção de "subjugar" ninguém.

E agora o que fazem esses irresponsáveis "artistas"? Oficializam que a questão do "fim do MinC" (o que sempre foi falso) não passava de um pretexto, e continuam atacando o Governo Temer. Um governo que, goste-se ou não, está tendo que administrar a maior crise econômica da nossa história, um rombo de mais de R$ 170 bilhões e o desafio de colocar o país novamente nos eixos depois da destruição provocada pela presidente afastada.

Se essa classe continuar com essa postura intransigente e inconsequente, vai despertar a ira da população. Tenho certeza que, em um país que perdeu mais de 23 mil leitos hospitalares da rede pública nos últimos cinco anos, em que vários servidores públicos estão sem receber salários, a insegurança só piora, etc. ninguém está com paciência para chilique injustificado e mimado de quem se acha o centro do mundo e já teve sua reivindicação atendida.