quarta-feira, 18 de maio de 2016

CARNAVAL DO POLACA - POR BEBETO ALVIM

Década de 60.

Jair Polaca e seu inseparável “Livro de Ouro”.

Captando recursos para o seu time Miracema F. C. e para a sua “Escola de Samba Chacrinha”. Ainda não desisti da idéia de erigir um busto em sua homenagem (mesmo que não seja colocado em local público).

No carnaval, entre as faíscas de artifício (a iluminar os destaques) e o suave aroma do lança-perfume “Rhodoro”, eu me locupletava. Entre um “mineiro-pau” e um “boi-pintadinho”, aguardando o/a “chacrinha”, sentava no meio-fio e, com um objeto ou outro, ficava a raspar o rejuntamento dos paralelepípedos.

Na verdade, foi a palavra mais difícil que a Dª Orlanda me ensinou; em contrapartida, foi um dos sólidos mais bonitos que vi na “matemática geométrica”.  Sempre tive vontade de ter um. Só para ter, como colecionador. Mas, papai e mamãe nunca deixaram levar um para casa: “É de utilidade pública, meu filho”. E eu até hoje não tive um (será que vou passar pela vida com essa frustração?).

Jurandir do DER na frigideira e o Fota ou Mocinho a bailar. Tinha uma filha da Alcina que tinha... tinha... Ah! Tinha muita coisa. Botava um minúsculo biquíni branco a contrastar com seu corpo de ébano. Eu queria olhar tudo, mas... desviava, sempre, o olhar para baixo, já que ela usava saltos de 12cm ou mais e sambava nos paralelepípedos como se tamborilasse os dedos sobre o vidro.

A magia do sambista na mágica pista que o Jair nos proporcionou. Não esquecerei jamais.

Nota: o saudoso Fota citado acima é o pai do ex-jogador Orlando Fumaça. 

 

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