O
ministro da Saúde, Ricardo Barros, admitiu que o país vive uma epidemia de
sífilis. "Os casos subiram em número significativo. Estamos tratando o
problema como epidemia até para que resultados da redução sejam mais
expressivos possíveis", disse o ministro, durante o anúncio de uma
estratégia para combater a doença. Entre
as medidas que serão adotadas está a ampliação de testes rápidos para
diagnóstico da sífilis e o tratamento da doença em gestantes, até o primeiro
trimestre da gestação.
Números
indicam que pelo menos 50% dos casos de sífilis em gestante são diagnosticados
no terceiro trimestre de gestação, quando as chances de se proteger o bebê já
são bem menores do que quando a terapia começa na primeira fase da gestação.
Um dos
braços do programa de enfrentamento prevê a realização de campanhas para que
gestantes iniciem o pré-natal ainda no primeiro trimestre. De acordo com a
diretora do programa de DST, AIDS e Hepatites Virais do Ministério da Saúde,
Adele Benzaken, há ainda uma falsa ideia de que as mulheres devem esperar a
barriga crescer para procurar o pré-natal.
Nos últimos cinco anos,
a doença avançou de uma forma nunca vista. A taxa de bebês com sífilis
congênita em 2015 foi de 6,5 casos a cada mil nascidos vivos - 13 vezes mais do
que é tolerado pela Organização Mundial de Saúde e 170% a mais do que o
registrado em 2010. A sífilis em gestante passou de 3,7 para 11,2 casos
a cada mil nascidos vivos, um aumento de 202%. Para sífilis adquirida
(denominação dada para sífilis na população em geral) a taxa é de 42,7 casos a
cada 100 mil habitantes.
UOL Notícias
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