O Zé de
Assis, um dos maiores empreendedores da “terrinha”, por trazer novidades dos
grandes centros à custa de dias de viagens por estradas não pavimentadas, sempre
se contentava ao chegar à Rua Direita de Miracema, que ostentava os seus belos
e confortáveis paralelepípedos. Talvez, como gratidão, brindava o povo da
cidade com “cineminhas” exibidos da sua loja para a rua, onde uma multidão se
declinava com tal oferenda.
Também o
Banco de Crédito Real (3º maior banco do País, à época) dava a sua contribuição
para deleite da população miracemense. Ao cair da noite, exiba os seriados da
TV em aparelho colocado sobre o balcão, já que as portas eram enormes e de
vidro. Existiam poucos carros e esses não perturbavam a plateia que lotava a
rua.
Para um
ou para outro, lá íamos nós (papai, na bicicleta Philips, a levar eu, na
cadeirinha, e o Paulo César, na garupeira).
Eu era
feliz e sabia. E o povo também.
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