sábado, 4 de março de 2017

DADÁ MARAVILHA: NÃO EXISTE GOL FEIO; FEIO É NÃO FAZER GOL


Dario José dos Santos nasceu no Rio de Janeiro, em 04 de março de 1946. O Dadá Maravilha se consagrou como um dos maiores artilheiros do futebol brasileiro e também ganhou fama por suas célebres frases de autopromoção.

Dario Peito de Aço, Dadá Beija-Flor e Rei Dadá são apenas alguns dos muitos apelidos que acompanharam o atacante durante sua carreira. Além dos nomes, Dadá foi um grande “filósofo” do futebol brasileiro. Suas frases certamente estarão para sempre na memória dos torcedores de todo o país: “Não venham com a problemática, que eu tenho a solucionática”; “Só existem três coisas que param no ar: beija-flor, helicóptero e Dadá”; “Depois do Garrincha, Dadá é a maior alegria do povo”; “Eu me preocupo tanto em fazer gols, que não tive tempo de aprender a jogar futebol”; “Garrincha, Pelé e Dadá, têm que ser currículo escolar”; “Com Dadá em campo, não tem placar em branco”; "Não existe gol feio, Feio é não fazer gol"; "Pra fazer gol de cabeça era queixo no peito ou queixo no ombro". São muitos os exemplos das “pérolas” do grande marqueteiro e artilheiro do futebol brasileiro.  

Toda essa irreverência que marcou a passagem de Dario pelos campos esconde um passado de muitas dificuldades no subúrbio carioca de Marechal Hermes. Com cinco anos de idade perdeu sua mãe e, dali em diante, a luta para sua sobrevivência passou a ser diária. As dificuldades acabaram levando o garoto para um caminho desvirtuoso. Dadá chegou a ficar preso na FEBEM e foi lá que conheceu o futebol, somente aos 19 anos de idade. 

O futebol foi o caminho ideal para deixar a vida de necessidades que o acompanhou durante toda sua infância e adolescência. Esse é um dos exemplos que o esporte é um dos caminhos para transformação e inclusão social. Ele tem a capacidade de integrar crianças e jovens na sociedade, transformando suas vidas e reduzindo os preconceitos.

Acervo particular 
Foi no Campo Grande que teve sua primeira oportunidade no futebol profissional. Quem o viu em ação vai sempre lembrar o jogador grandalhão e um pouco desengonçado que dificilmente saía de perto da grande área. Era ali o reino do Dadá. Ele sempre foi muito carismático e incendiava as torcidas dos clubes que jogava.

Além das cabeçadas certeiras, o Dadá também não desperdiçava os gols de canela, de joelho, de costas ou com qualquer outra parte do corpo. Essa era a marca do artilheiro: sem muita técnica ou jogadas geniais, ele encontrava sempre o gol. Participou do grupo campeão do mundo na Copa de 1970, no México.

Acervo particular 
Dario foi o grande nome do Campeonato Brasileiro de 1971. Autor do gol que garantiu o título do Atlético Mineiro em cima do Botafogo, no Maracanã, ainda foi o primeiro artilheiro do Brasileirão, com 15 gols marcados. Repetiu a dose em 1972, com 17 gols, dividindo a artilharia com Pedro Rocha, do São Paulo. Pelo Internacional, além do título do Campeonato Brasileiro de 1976, foi o artilheiro do certame com 16 gols marcados. Pelo Campeonato Pernambucano de 1976, marcou 10 gols na vitória do Sport sobre o Santo Amaro, por 14 x 0.

Marcar gols era definitivamente a especialidade de Dadá.

Números da carreira:
Campo Grande (1967/68) – 15 gols; Atlético-MG (1968/72, 1974 e 1978/79) – 290 jogos e 211 gols; Flamengo (1973/74) – 76 jogos e 36 gols; Sport Recife (1974/75) – 94 gols; Internacional (1976/77) – 28 gols; Ponte Preta (1977/78) – 21 gols; Paysandu (1979) – 17 gols; Náutico (1980) 26 gols; Santa Cruz (1981) – 7 gols; Bahia (1981/82) – 48 gols; Goiás (1983) – 11 gols; Coritiba (1983) – 5 gols; América-MG (1984) – 3 gols; Nacional-AM (1984/85) – 21 gols; XV de Piracicaba (1985) – 3 gols; Douradense-MS (1986) – 7 gols; Seleção Brasileira (1970/76) – 12 jogos e 2 gols, sendo 6 oficiais. 

  



5 comentários:

  1. Excelente matéria! Esse sabia fazer gols. Sou cruzeirense, mas não posso ir contra os fatos. Rivalidade somente dentro de campo. Parabéns Dario! Guilherme, de Juiz de Fora.

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  2. Estava nesse jogo. No Flamengo teve uma passagem discreta.
    9/jul/1973
    Flamengo 8 x Bangu O
    Local: Maracanã, Rio.
    Juiz; Carlos Costa.
    Renda: Cr$ 1 10 617,00.
    Público: 17.873
    Gols: Doval, 9, Paulo César (pênalti), 10, Dario 11 e 25 do 1.º tempo; Dario. 10, Doval, 12, Dario, 28, e Doval, 31 do 2º
    Flamengo: Renato; Moreira, Chiquinho, Fred e Rodrigues Neto; Liminha e Zé Mário; Doval, Dario, Paulo César e Arílson.
    Técnico: Joubert
    Bangu: Luís Alherto (Sanches); Miguel, Sérgio, Amílton e Nena; Adilson e Alves; Biel, Jaílson, Jorge Mendonça e Galdino (Lima).
    Técnico: Vavá

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  3. PARABÉNS MAIS UMA VEZ PELA BELA MATÉRIA.ACREDITO QUE O NOSSO GRANDE DADÁ MARAVILHA VAI FICAR MUITO FELIZ AO VER ESTA BELA MATÉRIA,NÃO CONHECIA A METADE DESTAS HISTÓRIAS CONTADAS SOBRE O DARIO,PRATICAMENTE SÓ SABIA QUE ELE ERA UM ARTILHEIRO NATO,CLARAMENTE COMPROVADO PELO SEU BELO HISTÓRICO NO FUTEBOL.TIVE A FELICIDADE DE ENCONTRAR E CONHECER O REI DADÁ EM UM DE NOSSOS ENCONTROS DE EX ATLETAS DO GALO EM BELO HORIZONTE,UMA PESSOA DE HUMILDADE INIGUALÁVEL,DE UMA EDUCAÇÃO PRIVILEGIADA E DE UMA ALEGRIA INFINITA.PARABÉNS PARA O REI DADÁ .

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  4. Parabéns feliz aniversário Dario peito de aço ,primeiro era conhecido assim depois arrumaram Dada,vc estava perdido aqui em São Paulo em 1986 que ia pro México te levei no hotel Jaraguá, te conheço bem desde da época da seleção mineira em Salvador 2969.

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