domingo, 12 de março de 2017

CARLITO ROCHA E BOTAFOGO: UMA PAIXÃO SEM LIMITES


Carlos Martins da Rocha foi um dos personagens mais importantes da história do Botafogo.  Nascido no Rio de Janeiro, em 11 de novembro de 1894, jogou, treinou e presidiu o clube que tanto amou. Por sinal, foi campeão carioca de 1912 como atleta, de 1935 sentado no banco de reservas, e de 1948 como presidente. Foi ele quem deu a primeira oportunidade ao ex-jogador Zezé Moreira, ainda jovem, para assumir o comando técnico do time principal do Botafogo, e conquistar esse título carioca de 48. 
Houve época no futebol brasileiro que a palavra “cartola” não tinha conotação negativa. O Carlito Rocha era um deles, talvez o maior de todos.  Dono de uma fábrica de tecidos ficou pobre de tanto ajudar o Botafogo. Mas foi, com certeza, o maior alvinegro a intervir decisivamente na história do clube.
Tanto amor, tanta devoção, fez com que ele recebesse todas as homenagens possíveis do clube. E também a maior tristeza.  Em 1976, o Glorioso vendeu seu maior patrimônio para a Companhia Vale do Rio Doce e foi para Marechal Hermes. Ele jogou na primeira partida do Estádio de General Severiano, em 1916. No final dos anos 70, costumava levar rosas e colocar na antiga sede do clube.
Quis o destino que ele morresse sem ver o time retornar à sede, em 12 de março de 1981, em decorrência de problemas cardiovasculares e renais.
Outra marca registrada do Carlito Rocha era a supertição. Chegava ao extremo de descer de um táxi cujo motorista desse marcha à ré. Quando o dia amanhecia nublado, certamente o Botafogo não iria ganhar a partida que ocorreria mais tarde. E o Biriba? Quase todos os botafoguenses conhecem a história do cachorrinho que virou símbolo do clube no título carioca de 48, e acabou adotado pelo saudoso cartola. O animal, por sinal, passou a ser figura obrigatória nos estádios onde o clube jogava, inclusive durante excursões pelo exterior. 

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