O jornalista foi vítima de uma parada
cardíaca, aos 83 anos, no Rio de Janeiro, em 3 de maio de 2016, um dia após o
lançamento do seu mais recente livro “A outra história de cada um”. Heizer
começou no rádio, na década de 50, e trabalhou nos últimos anos como
comentarista nas transmissões de futebol e nos debates do canal SporTV.
O apreço pela língua portuguesa era uma de suas
principais marcas: “Sempre que eu escrevia no jornal, eu prestava atenção
porque alguém ia ler o que eu fizesse. Então eu construía o melhor para oferecer
ao leitor”.
Foi fundador da Rede Globo e se orgulhava de ter o
crachá funcional número 01, como primeiro contratado da emissora. Trabalhou em
vários veículos ao longo da carreira, também na televisão, e passou pelas
redações dos jornais Diário da Noite, Diário de Notícias, Última Hora, O Dia,
Placar, Veja e por vários anos trabalhou na sucursal do Estado de São Paulo no
Rio de Janeiro, além de ter sido gerente de Jornalismo da extinta Empresa
Brasileira de Notícias (EBN) e da Radiobrás, nos anos 80.
Heizer foi ainda professor de Jornalismo da Faculdade
de Comunicação Social da Universidade Gama Filho. Ele escreveu dois livros
sobre futebol, sua grande paixão: O Jogo Bruto das Copas do Mundo e Maracanazo
– Tragédias e Epopeias de um Estádio com Alma, lançado em junho de 2010,
contando suas memórias sobre a final da Copa do Mundo de 1950, no Rio de
Janeiro, quando a seleção brasileira foi derrotada pela uruguaia, no Maracanã,
por 2 a 1.
O primeiro trabalho no jornalismo foi na redação do
jornal Correio Fluminense, em 1953. Um ano depois, já fazia parte da equipe de
repórteres da Continental, emissora de rádio carioca cujo slogan era ser “Cem
por cento esportiva”. No início da década de 1960, começou a trabalhar como
comentarista esportivo na Rádio Globo, ao lado de profissionais como Waldir
Amaral, Luiz Mendes e Raul Brunini.
Pela Globo, Heizer participou da cobertura da Copa do
Mundo do Chile (1962), quando a seleção brasileira de futebol comandada
conquistou o segundo título mundial. No ano seguinte, o jornalista fez parte da
equipe que cobriu uma excursão da seleção brasileira pela Europa. Essa
cobertura deu à Rádio Globo o primeiro lugar de audiência entre as emissoras
cariocas na época.
Teixeira Heizer fez parte da equipe de profissionais
que participaram da inauguração da TVGlobo, em 1965, e foi contratado, em
janeiro de 1964, com o crachá número 01 da empresa. Heizer foi o responsável
também pela criação dos primeiros programas esportivos da emissora, como o Em
Cima do Lance e Por Dentro da Jogada. Fazia parte também do TeleGlobo e chegou
a apresentar o programa ao lado da atriz Nathalia Thimberg e do locutor Hilton
Gomes. O telejornal foi o primeiro a ser exibido pela emissora.
FONTE: AGÊNCIA BRASIL
Minhas considerações: Teixeira Heizer era torcedor do Fluminense e
nunca misturou a sua paixão pelo clube com a profissão que exerceu. Esse tinha
o meu respeito e sempre fui fã do seu trabalho.
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