quinta-feira, 5 de novembro de 2020

VICENTE FEOLA: NOSSO PRIMEIRO TÉCNICO CAMPEÃO DO MUNDO DEIXOU UM LEGADO IMPORTANTÍSSIMO AO FUTEBOL BRASILEIRO


 

Vicente Ítalo Feola nasceu na capital paulista no dia 1º de novembro de 1909. Foi um jogador mediano e chegou a jogar no São Paulo da Floresta, um dos times que dariam origem ao tricolor paulista. Mas o seu negócio era outro, ser treinador. Começou como técnico no Syrio e Libanez (SP) e passou pela Portuguesa Santista antes de ingressar no São Paulo, em 1937, onde ficou por 38 anos exercendo as funções de treinador, supervisor e administrador. Como técnico, foi campeão paulista em 1948 e 1949. É o comandante que mais dirigiu o São Paulo: 532 jogos, com 299 vitórias, 106 empates, 127 derrotas, 1.249 gols pró e 723 contra.

 

Viveu apenas duas experiências fora do Morumbi, nas décadas de 50 e 60, primeiro no XV de Novembro de Piracicaba e depois no Boca Juniors, da Argentina, no time campeão nacional em 1962, repleto de brasileiros – Édson dos Santos, Orlando Peçanha, Maurinho, Almir Pernambuquinho e Paulinho Valentim.

 

Pela Seleção Brasileira deixou o seu nome na história, pois era o técnico do time campeão do mundo de 1958. Também dirigiu a Seleção na Copa do Mundo de 1966, mas não teve o mesmo sucesso, e foi muito mal, antes e durante a Copa. Em partidas oficiais, comandou o Brasil em 64 jogos, com 45 vitórias, 11 empates e 8 derrotas.

 

Antes da Copa de 58, foi Feola, ao lado de Paulo Machado de Carvalho, quem mais insistiu – até ficando bravo, talvez pela primeira vez na vida – com João Havelange, presidente da antiga CBD, para que o contundido e garoto Pelé, não fosse cortado na véspera do Mundial. Pelé tinha sido atingido pelo corintiano Ari Clemente em um jogo treino contra o time paulista. Por muito pouco Pelé não deixou de mostrar ao mundo o que já era capaz de fazer com apenas 17 anos.

 

É um equívoco e uma terrível injustiça, parte da mídia, desinformada, jogar sobre a figura de Feola a fama de dorminhoco. Isso só passou a ocorrer efetivamente em 1966, quando ele começou a ingerir remédios para melhorar a sua circulação sanguínea.

 

Vicente Feola morreu em 6 de novembro de 1975, poucos dias após completar 66 anos, vítima de um infarto do miocárdio e edema pulmonar agudo, na capital paulista.

 

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