quarta-feira, 14 de abril de 2021

PEDRO ROCHA: UMA REFERÊNCIA DO FUTEBOL URUGUAIO E ÍDOLO DO SÃO PAULO

 


Pedro Virgílio Rocha Franchetti nasceu no Uruguai em 03 de dezembro de 1942. Foi um meia armador cerebral, de técnica refinada, visão de jogo privilegiada e lançamentos precisos. É um dos maiores jogadores da história do futebol uruguaio. Ganhou tudo que disputou pelo Peñarol e essa credencial vitoriosa lhe reservou um espaço respeitoso entre os craques do Tricolor paulista logo que chegou. A sua identificação foi imediata e o passar dos anos mostrou o quanto o São Paulo acertou em sua contratação. Faz parte do seleto grupo dos grandes nomes da história do clube.


Começou no Peñarol (campeão uruguaio em 1960/61/62/64/65/67 e 68, da Taça Libertadores em 1960/61 e 66, e do Mundial Interclubes em 1961 e 66), e seguiu a sua brilhante carreira no São Paulo – 390 jogos e 119 gols (campeão paulista em 1971 e 75, e do brasileiro em 1977), Coritiba – 20 jogos e 1 gol (campeão paranaense em 1978), Palmeiras – 9 jogos e 1 gol, Deportivo Neza/México, Bangu – 13 jogos e 5 gols, Monterrey/México e Al-Nasser/Arábia Saudita.


Participou das Copas do Mundo de 1962/66/70 e 74. Pelo Uruguai atuou em 57 jogos e marcou 17 gols. Inclusive, após a Copa de 1970, Pelé, já consagrado com o título mundial, elegeu Pedro Rocha como um dos cinco maiores jogadores do mundo.


Foi com essa ficha vitoriosa em mais de dez anos pelo Peñarol que ele chegou ao São Paulo. Ao lado de Gérson, Toninho Guerreiro, Édson Cegonha, entre outros, o São Paulo se reencontrou com sua tradição de títulos. Isso ocorreu tanto no bicampeonato paulista de 1970/71, que pôs fim ao jejum de 11 anos sem conquistas, quanto no título de 75. Neste ano, Pedro Rocha comandou um esquadrão  de jovens no qual despontavam nomes como Muricy, Serginho e Zé Sérgio. 


Jogou profissionalmente entre 1959 e início dos anos 80, disputando no total 620 jogos e marcando 213 gols pelos clubes e Seleção Uruguaia.


Após encerrar a carreira de jogador trabalhou muitos anos como treinador, passando por muitos clubes até 2009, quando sofreu um AVC. As sequelas foram pesadas e nos últimos anos de sua vida sofreu de atrofia do mesencéfalo, um mal que afetava os seus movimentos e a fala, o que o deixou muito deprimido. Morreu na capital paulista, na véspera de completar 71 anos, em 2 de dezembro de 213.

 

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