MÁRIO
Gonçalves VIANNA nasceu no Rio de Janeiro em 06 de setembro de 1902. Quando jovem foi de tudo um pouco: engraxate, jornaleiro, empacotador de velas, fiscal da
guarda civil e também fez parte da polícia especial.
Entrou no meio esportivo como árbitro de futebol e
sempre carregou contigo a fama de muito severo e polêmico, desses que não
perdem as rédeas da partida, mesmo nas situações mais adversas. Sua interpretação das regras chegava a ser um pouco
radical, tudo para provar a sua honestidade.
Em um jogo do Flamengo contra o Botafogo, em General Severiano,
depois de expulsar três jogadores rubro-negros, ele passou a ser alvejado por
garrafas atiradas por torcedores. Sem a menor cerimônia, ele jogou as garrafas
de volta e, não satisfeito, pulou o alambrado para encarar quem aparecesse.
Teve que ser contido pela polícia. Esse era o Mário Vianna, com dois “enes”.
Estreou no apito em 1932, comandando um jogo de
juvenis entre o São Cristóvão e o Sport Club Girão, de Niterói. Representou a arbitragem
brasileira nas Copas do Mundo de 1950 e 1954. Ainda em 1954 foi expulso do
quadro da FIFA por fazer críticas de corrupção. Pensando em toda a sujeira que
foi descoberta posteriormente na FIFA, Mário Vianna certamente teve suas razões
para tais acusações. Depois de criar fama no Rio, transferiu-se para São Paulo
em fins de 1953, como o primeiro árbitro de outro Estado contratado pela
Federação Paulista.
Ao encerrar a carreira, em 1955, Mário Vianna fez um
estágio de preparador físico no Flamengo e em 1957 assumiu o comando técnico da
equipe principal do Palmeiras, comandando o time paulista em 14 jogos. Não teve
o êxito esperado e o time fracassou totalmente.
Depois do fracasso no Palmeiras, Mário voltou ao Rio,
em 1958. Ainda comandou o São Cristóvão e a Portuguesa da Ilha do Governador. Posteriormente
abandonou seus ideais de ser treinador de futebol e o rádio esportivo ganhou um
comentarista de arbitragem, quando foi contratado pela Rádio Globo. Ainda teve
passagens pelas emissoras Guanabara, Tupi e Continental. Retornou ao time da
Globo e fez parte de um quarteto famoso do rádio esportivo ao lado de Waldir
Amaral, Jorge Curi e João Saldanha. Equipe essa que deixou muitas saudades aos
amantes do rádio.
Titio Mário Vianna morreu na capital carioca, em 16 de
outubro de 1989, aos 87 anos,
vítima de pneumonia. Sem sombra de dúvidas foi um dos grandes árbitros de sua
época e virou um personagem marcante do futebol e do rádio esportivo
brasileiro.
Criou bordões famosos para relatar os impedimentos.
Algumas de suas inesquecíveis frases:
"Mário Vianna com dois enes”;
"Lamano";
"Goool Leeegal", que gritava após a marcação
dos gols;
“Ele voltava da figura B para a figura A”, lance em
que o jogador estava impedido e participava da jogada.
“Banheeeeira”, quando o jogador fazia um gol em
posição irregular.
Grande nome do rádio brasileiro em época de ouro Mario Vianna
ResponderExcluirBanheiiiiiiiiiiíra Banheiiiiiiiiiiiira cadê o eco????...... Banheiiiiira
ResponderExcluirUma fera da comunicação esportiva do Brasil.
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