Júlio Tostes Machado era juiz de direito na Comarca de
Miracema. Homem simples e popular, fundador e presidente da Cooperativa
Agropecuária de Miracema, falava rápido e sem trava na língua, sendo sábio em
suas decisões.
Waldemar Torres, delegado da cidade, também era boiadeiro de
profissão. Usava terno branco e chapéu de abas largas. Certo dia foi procurar o
Dr. Julinho (como era chamado na intimidade), para dar ciência de que dois
moleques de dezessete anos haviam roubado uma tacha e dois rolos de arame na
fazenda do Seudy Bernardino. Foram presos na venda do Germano, não queriam
confessar o roubo, e ele, Waldemar, mandaria baixar a borracha no lombo deles.
Como eles se chamam? Perguntou o Dr. Julinho. É o Lico e o Neca, dois ladrõezinhos já conhecidos. O Lico ficou 10 dias em cima do forro da venda do João Siqueira comendo doces e conservas. Tomou uma caganeira tamanha que o João Siqueira mandou examinar o forro para ver se tinha algum gambá morto, mas só encontraram o Lico dormindo, com a barriga grande igual a uma cobra quando engole sapo.
Partiu o Dr. Julinho para a delegacia. Chamou os moleques e disse: Vocês confessam o roubo que eu não deixo o Waldemar bater.
Assim, eles confessaram que haviam bebido muita cachaça, ficaram tontos e praticaram o roubo.
- Então, vocês vão ter que apanhar mesmo.
- Mas nós confessamos o roubo doutor!
-Mas se quem bebe cachaça tivesse que roubar, eu já estaria
preso há muito tempo.
Adorei em saber mais sobre meu avó Julio Tostes Machado , o que se e dito por minha mãe ate por que ela e uma filha que ele tinha fora do seu casamento, minha mãe acredita que e a unica filha dele que ainda esta viva pois acredita que seus 2 irmão Gilda E Aluísio não estão mais vivos . Caso esteja e saiba noticias nos informe.
ResponderExcluirBoa tarde, Christian! Gostaria muito de ajudar, mas eu apenas transcrevo essas crônicas escritas pelo saudoso José Erasmo Tostes.
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