Romeu e Lara |
Partiu
dele, talvez, a grande lição de que o futebol é antes de tudo um jogo de
equipe, no qual as virtudes isoladas devem se unir pela força da solidariedade.
Na época romântica da década de 30, o jogador brasileiro entrava em campo
preocupado com o drible vistoso, o passe bonito e o chute espetacular, que
arrancavam aplausos do público, mas nem sempre resultavam em vitórias. Romeu
sabia fazer tudo isso, e bem, mas o drible, o passe e o chute eram, para ele,
meros recursos de momento. Em noventa minutos de jogo, segundo sua concepção de
futebol, o cérebro deveria trabalhar tanto ou mais que os pés. Fez-se, assim,
um gênio estratégico, um jogador tático, um meia cujo talento estava a serviço
não de sua glória pessoal, mas de toda a equipe.
No
Palestra Itália (atual Palmeiras), no Fluminense ou na Seleção Brasileira, era
sempre o mesmo: o corpo pouco atlético, um pouco acima do peso, a calvície
precoce, tudo aquilo camuflando um futebol fino e clássico. Foi chamado de “homem-equipe”
e viu a imprensa europeia destacá-lo entre os melhores da Copa do Mundo de
1938.
Romeu
nasceu em Jundiaí (SP), em 26 de março de 1911. Morreu na capital paulista, aos
60 anos, em 15 de julho de 1971, tendo como causa uma úlcera. Filho de pais
italianos, Romeu ficou popularmente
conhecido como o “Príncipe”. Tricampeão paulista pelo Palestra Itália em 1932,
33, 34 e 42, tricampeão carioca pelo Fluminense em 1936, 37 e 38 e bicampeão em
1940 e 41. No clube carioca, viveu os melhores momentos de sua carreira. Ainda
hoje torcedores da velha guarda tricolor se recordam do ataque famoso que o
clube conseguira formar: Pedro Amorim, Romeu, Russo, Tim e Carreiro. Marcou 91
gols em 200 jogos pelo Fluminense, com a impressionante marca de 194 jogos como
titular.
Defendendo
o Palestra Itália foram 106 gols em 150 jogos. Foi considerado por muitos o
maior jogador da história do Palmeiras até o surgimento de Ademir da Guia. Após
retornar ao Palestra em 1942, no ano seguinte foi para o Comercial (SP), onde
assinou um contrato que não o obrigava a treinar e fazer regime, e por lá
encerrou a carreira.
Romeu, Leônidas da Silva e Tim |
Ausente
da Copa do Mundo de 1934 – pois o Palestra Itália escondera seus jogadores das
propostas profissionais da CBD – Romeu foi convocado para a Copa de 1938, na
França. Atuou em 13 jogos marcando 3
gols, todos oficiais.
PARABÉNS!!!!! Romeu Pellicciari, primeiro centroatacante/centroavante goleador, depois, meia-direita de armação [meia-direita ofensivo/meia-armador/meia-de-ligação entre a defesa e o ataque], organizador, articulador e estruturador do time. Era o homem-equipe.
ResponderExcluirBoa tarde, o cidadão ao lado de romeu chamase Lara
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