terça-feira, 31 de maio de 2022

JANUÁRIO DE OLIVEIRA: O CRUEL

 


Januário de Oliveira nasceu em Alegrete-RS, em 12 de fevereiro de 1940. Foi um locutor e narrador esportivo que ficou famoso por conta de vários bordões usados em suas narrações. Januário era torcedor do Internacional e exerceu a sua profissão até 1998, quando foi obrigado a se aposentar devido a uma cegueira causada por diabetes. 

O seu quadro de saúde foi se agravando ano após ano e ele veio a óbito em 31 de maio de 2021, aos 81 anos, em Natal-RN, vitimado por uma parada cardíaca. Já se encontrava internado há onze dias para tratar de uma pneumonia. Residiu por muitos anos em Goiânia e sempre recebeu muito carinho dos fãs. Os anos 90 foram de muito sucesso e reconhecimento por seu trabalho na  televisão. Seus bordões viraram marcas registradas na voz dos torcedores.

Começou na Rádio Farroupilha, de Porto Alegre, e também trabalhou na Rádio Cultura de Bagé, interior gaúcho. No Rio de Janeiro construiu a sua história na Rádio Mauá, Rádio Nacional, TVE (1982/1992) e TV Bandeirantes (1992/1997). Antes de se aposentar, narrou algumas partidas da Copa do Mundo de 1998, pela já extinta Rede Manchete.

Januário foi responsável também por dar apelidos a muitos jogadores, entre eles o atacante Ézio como "Super Ézio", o atacante Sávio como "Anjo Loiro da Gávea", o atacante Túlio como "Tá, Té, Tí, Tó, Túlio...", o atacante Valdir Bigode como "matador de São Januário", o atacante Valdeir (ex-Botafogo) como "The Flash", o atacante Charles (ex-Bahia e Flamengo) como "Príncipe Charles", o volante e lateral Charles (Flamengo) como "Charles Guerreiro".


Outros Bordões:

- "Eee o Gol…" - o momento mágico do futebol.

- "Taí o que você queria, bola rolando…" - quando o juiz apitava o início da partida ou do segundo tempo.

- "Tá lá um corpo estendido no chão" - para o jogador que caía machucado no gramado.

- "Lá vem Geraldo e Enéas para mais um carreto da tarde", quando os maqueiros do Maracanã, Geraldo e Enéas, entravam em campo para retirar um jogador machucado.

- "Vai sair o primeiro carreto da noite" - quando um jogador contundido era levado pela maca para fora do campo.

- "Sinistro, muito sinistro…" - para falha grave de jogador ou árbitro.

"Cruel, muito cruel…" - para elogiar o jogador após o gol ou um lance bonito.

- "É disso (Fulano), é disso que o povo gosta" - para o jogador (Fulano) que acabara de estufar as redes, marcando o gol.

- "Olhos nos olhos, se passar fica na boa…" - quando o jogador com a posse da bola ficava frente a frente com um defensor.

- "Pintou em cores vivas" - quando uma chance clara de gol era perdida.

- "Tá na área, é agora, bateu..." - quando o jogador tinha uma chance de finalizar em gol.

- "Tem cartão? Tem cartão? Não! Cartão de crédito para o jogador (Fulano)…" - quando um jogador cometia uma falta dura e o árbitro não lhe aplicava nenhuma punição.

- "O(a) primeiro(a) só serviu como ensaio!" - quando ocorria a repetição de um lance (chute, cruzamento ou cobrança de falta) em sequência. Exemplo: escanteios cobrados consecutivamente; uma bola alçada na área duas ou mais vezes seguidas.

- "Pega, não larga mais, não dá rebote pra ninguém!" - quando o goleiro fazia uma defesa firme, segura, sem rebote.

- "Escancarou, escancarou legal (Fulano)..." - quando o jogador tinha um feito um gol.

- "Eu vi, eu vi…" - para algum lance que ninguém viu, somente ele.

- "Acabou o milho, acabou a pipoca, fim de papo." - quando o juiz apitava o fim do jogo.

- "riririkakakaka, o Juiz despirocou…" - para um lance em que o juiz marcou algo de outro mundo.

Fonte Wikipédia com acréscimos

 



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