terça-feira, 3 de maio de 2016

A IMPRENSA DE MIRACEMA NO PERÍODO QUE AINDA ERA DISTRITO

Pela ordem: Colégio Prudente de Moraes, Igreja Matriz/Prefeitura e Jardim. 

Fonte: revista comemorativa dos 66 anos de Miracema
Fotos: internet


Bruno de Martino
Miracema sempre teve força e atitude na área de comunicação, e já em 1939 era exaltada pelos seus ilustres profissionais, como o jornalista e escritor Bruno de Martino, em seu artigo “Origem e projeção da Imprensa Miracemense”, publicado no jornal Estado Novo, nº 59, assim: “Miracema desde a idade em que engatinhava, deu-se por inteira aos surtos das letras. O seu número reduzido de intelectuais se contrastava com a alentada quantidade de homens da lavoura e do comércio, a todo o momento inquietado pelos facínoras que a faziam de doce refúgio".  

E neste clima de refúgio da bandidagem que surgiu o primeiro jornal de Miracema – O DISTRITO – fundado por João Antônio Hassel, em 18 de novembro de 1896. Com sua coragem, Hassel denunciava os terríveis crimes cometidos em Miracema e a revolta da escassa população.

O MIRACEMENSE circulou seu primeiro número em 4 de dezembro de 1898, uma propriedade do pai de Barroso de Carvalho, Firmino de Carvalho. Foi em suas colunas que o jornalista abateu para sempre a ambição dos mineiros que pleiteavam a todo instante a posse do então segundo distrito de Santo Antônio de Pádua.  Com seu falecimento em 17 de agosto de 1900, o jornal passou a ser produzido pelo lusitano Adriano do Vale, que veio viver em Miracema por acaso, pois viajava por várias localidades fluminenses trabalhando como agrimensor prático.  Passou pela porta da tipografia e ficou – tornando-se o responsável pela edição do periódico.

O MIRACEMA começou no ano de 1901, e A TROMBETA em 14 de abril do mesmo ano. Em 1º de junho de 1902, foi editado A SEMANA, sendo a redação dos dois últimos do poeta e professor A. Roussiliers, que por problemas políticos passou a usar o codinome I. Roma.

Em 1902 ainda surgiram A BRISA, O CROMO, A ASA, O MELRO, A SÁTIRA, O BALUARTE E O BIJOU.
Em 1924, foi fundado por Melchíades Cardoso o Jornal LIBERTAS – órgão defensor dos direitos de Miracema. 

Cine Sete:    

O Cine Sete foi inaugurado no início do século XX. Aquele espaço teve centenas de noites de glória e glamour com a sociedade miracemense sempre prestigiando aquela casa de entretenimento. Quando o Cine Sete estava aberto ao público em dias de sessões, acendia sua iluminação movida a vapor clareando toda a sua fachada. Até o final dos anos 20 os filmes eram mudos e no Cine Sete as músicas das películas também eram apresentadas ao vivo.  Quem fazia o fundo musical, que era um show a parte, eram Pascoalino Granato, que tocava flauta acompanhado de sua esposa, Tita Ciuffo, que tocava piano.  


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