Maior
artilheiro e ídolo vascaíno, Roberto teve em sua carreira no clube uma
infinidade de partidas e conquistas históricas, dentro de campo, é claro! No
entanto, há uma particularmente especial, tanto para ele quanto para a torcida
do Vasco: a partida contra o Corinthians, em 4 de maio de 1980, que marcou a
sua volta ao gramado do Maracanã com a camisa vascaína. Naquele dia, Dinamite
estava inspirado e não perdoou: marcou todos os cinco gols da vitória do Vasco
sobre o Corinthians.
Jornal O Globo: acervo particular |
Roberto
estava voltando da Espanha, onde não teve o sucesso esperado – a sua passagem
pelo Barcelona foi um fracasso – por vários motivos, entre os quais a pouca
paciência do técnico Helenio Herrera, que não deu ao atacante o tempo
necessário para uma adaptação adequada. O técnico que o indicou saiu após o terceiro jogo de Roberto pelo time espanhol. Sabendo de seus problemas na equipe
catalã, o então presidente rubro-negro Márcio Braga acreditou que tinha chegado
a hora de levar Dinamite para a Gávea. Diante do interesse apresentado, Jurema, esposa de Roberto, tomou as devidas precauções: telefonou imediatamente
para o Vasco e alertou a direção do clube sobre o que estava acontecendo. A
tropa de choque do Vasco entrou em ação, com a presença de Eurico Miranda, que, na época, já era um dirigente influente e foi de fundamental importância na volta de Roberto ao time de São Januário.
No
primeiro domingo de maio de 1980, Roberto se reapresentou à torcida vascaína no
Maracanã. Estava programada uma rodada
dupla, com Flamengo e Bangu na preliminar, e Vasco e Corinthians no jogo principal.
O velho Maraca reuniu 107.474 pagantes: de um lado vascaíno e do outro
rubro-negros e corintianos, a Fla-Fiel, como foi denominada.
O
primeiro tempo terminou 4 a 2 para o Vasco, com Roberto marcando aos 13, 27, 37
e 39 minutos. Um verdadeiro bombardeio do Dinamite em cima da perdida zaga do
Corinthians. Todos que estavam no estádio assistiam perplexos a uma atuação de
gala do atacante. No início da 2ª etapa, a arquibancada do lado da torcida
Fla-Fiel já estava quase vazia: a torcida adversária bateu em retirada e não
viu o quinto gol, que completou o massacre na volta triunfal do ídolo ao
Brasil, conforme descrito na reportagem do jornal O Globo.
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